
O tabu de ir ao psicólogo: porque ainda existe e como ultrapassar
Ir ao psicólogo ainda é tabu em Portugal. Descobre porque o estigma persiste, o impacto que tem e como podes ultrapassá-lo.
PSICOLOGIA
André Nogueira
2 min read
Apesar dos avanços na compreensão da saúde mental, procurar um psicólogo continua a ser um tabu para muitas pessoas — inclusive em Portugal. Este estigma está profundamente enraizado em fatores culturais, históricos e sociais, e tem consequências negativas tanto para quem precisa de ajuda como para a sociedade em geral.
Porque é que o tabu da psicologia persiste?


O preconceito em relação à saúde mental e à procura de apoio psicológico está associado a ideias antigas de que só pessoas “fracas” ou “loucas” precisam de terapia. Estudos mostram que o estigma se manifesta em exclusão social, discriminação e autoestigma, dificultando o acesso ao tratamento e afetando a recuperação de quem sofre com problemas psicológicos (Contribuciones a las Ciencias Sociales; Revista UIIP).
Em Portugal, apesar das campanhas de sensibilização e do Plano Nacional de Saúde Mental, o estigma permanece forte na população, sendo considerado uma ameaça ao sucesso das políticas de saúde mental. Muitas pessoas ainda têm receio de serem julgadas, discriminadas ou excluídas se admitirem que precisam de apoio psicológico.
A evidência científica mostra que a psicoterapia é eficaz não só no tratamento de doenças mentais, mas também na melhoria do bem-estar emocional e da qualidade de vida de qualquer pessoa. Procurar um psicólogo é um ato de auto cuidado e coragem, comparável a procurar um médico para tratar um problema físico.
Todas as emoções humanas são legítimas e pedir ajuda é um passo fundamental para a recuperação e o crescimento pessoal.
Porque é que procurar apoio psicológico não é sinal de fraqueza?
Como podes ultrapassar o tabu?
Reconhece que pedir ajuda é normal e saudável: Todos enfrentamos desafios emocionais em algum momento da vida.
Informa-te sobre saúde mental: O conhecimento reduz o preconceito e ajuda a desmistificar a terapia.
Fala abertamente sobre o tema: Partilhar experiências pode ajudar a quebrar o silêncio e encorajar outros a procurar apoio.
Dá o primeiro passo: Marcar uma consulta não significa fraqueza, mas sim responsabilidade com o teu bem-estar.
A desestigmatização exige uma abordagem ampla, incluindo políticas públicas, educação contínua de profissionais de saúde e campanhas que promovam o diálogo aberto sobre saúde mental.
A Ordem dos Psicólogos Portugueses disponibiliza duas plataformas com o objetivo de ajudar a ultrapassar o tabu: Eu Sinto-me e Encontre uma saída.
O impacto do estigma
O estigma leva muitas pessoas a evitar procurar ajuda, mesmo quando reconhecem que estão a sofrer. Isso pode resultar em agravamento dos sintomas, isolamento social, menor qualidade de vida e até consequências mais graves, como desemprego, exclusão social e sobrecarga familiar.
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