Ansiedade: o que precisas de saber e como procurar ajuda

Sentires-te ansioso(a) de vez em quando é normal, mas quando a ansiedade se torna constante, intensa e começa a interferir com o teu dia a dia, pode tratar-se de uma perturbação de ansiedade. As perturbações de ansiedade são das mais comuns em todo o mundo, afetando pessoas de todas as idades, como destaca a Organização Mundial da Saúde.

O que é a ansiedade?

A ansiedade é uma emoção marcada por sentimentos de tensão, preocupação e alterações físicas como aumento da frequência cardíaca ou tensão muscular. Enquanto o medo é uma resposta imediata a uma ameaça real, a ansiedade surge como uma resposta prolongada e difusa a ameaças futuras ou potenciais. Segundo a American Psychological Association, quando estes sintomas se tornam persistentes e difíceis de controlar, podem evoluir para um perturbação de ansiedade clínica.

Sintomas comuns da ansiedade

Entre os sintomas mais frequentes estão a preocupação excessiva e difícil de controlar, sensação de nervosismo ou inquietação, dificuldade em relaxar ou concentrar-se, alterações no sono (insónia ou sono agitado), fadiga fácil e sintomas físicos como tensão muscular, dores de cabeça, palpitações, sudorese, tremores ou problemas digestivos. Estes sinais são detalhados pelo National Institute of Mental Health, que sublinha que a ansiedade pode manifestar-se tanto no corpo como na mente.

Se estes sintomas persistirem durante semanas e estiverem a afetar a tua vida pessoal, profissional ou escolar, é importante procurares ajuda especializada.

Fatores e causas de risco da ansiedade

A ansiedade resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Pode estar associada a antecedentes familiares, desequilíbrios químicos no cérebro, experiências traumáticas, situações de stress prolongado ou doenças físicas. A OMS salienta que qualquer pessoa pode desenvolver ansiedade, mas quem viveu abuso, perdas graves ou ambientes adversos tem maior risco.

• Procura apoio profissional: Psicólogos e outros profissionais de saúde mental podem ajudar-te a compreender o que sentes e a encontrar o tratamento certo. Não hesites em pedir ajuda — a ansiedade é tratável (WHO).

• Aprende técnicas de gestão do stress: Estratégias como relaxamento, mindfulness e respiração profunda podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade, conforme recomenda a OMS.

• Exercício físico regular: A prática de exercício é recomendada como parte da prevenção e tratamento das perturbações de ansiedade, segundo as orientações do NICE.

• Mantém hábitos saudáveis: Dormir bem, alimentar-te de forma equilibrada e evitar o consumo excessivo de cafeína, álcool ou outras substâncias pode ajudar a controlar a ansiedade.

• Fala com alguém de confiança: Partilhar o que sentes com amigos, familiares ou grupos de apoio pode aliviar o peso da ansiedade.

Como podes ajudar-te?

Tratamento

O tratamento da ansiedade pode incluir psicoterapia, medicação ou ambos. A terapia cognitivo-comportamental (CBT) é considerada o tratamento psicológico de primeira linha para a maioria das perturbações de ansiedade, ajudando a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que alimentam a ansiedade. O National Institute of Mental Health e as diretrizes da World Federation of Societies of Biological Psychiatry confirmam que a CBT é o método mais eficaz, com resultados sustentados a longo prazo.

Em alguns casos, pode ser prescrita medicação, especialmente inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs), sempre sob orientação médica. A OMS e as recomendações internacionais sublinham que a escolha do tratamento deve ser personalizada e partilhada entre o paciente e o profissional de saúde.

“As intervenções psicológicas, especialmente as baseadas em terapia cognitivo-comportamental, são essenciais no tratamento das perturbações de ansiedade.” (World Health Organization)

Quando deves procurar ajuda para a ansiedade?

Se a ansiedade está a dificultar a tua vida, relações ou desempenho, ou se sentes sintomas físicos intensos e persistentes, procura um profissional de saúde mental. O diagnóstico e tratamento precoces aumentam as hipóteses de recuperação e melhoram a qualidade de vida.

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